O que é ansiedade noturna e como lidar com ela? Saiba!

6 minutos para ler

Por si só, a ansiedade — quando deixa de ser algo natural e se torna demasiada — já se revela uma grande inimiga, impactando todo o cotidiano. Isso é especialmente verdade em se tratando dos dias de hoje, em que, além de buscar preservar a própria saúde, nós precisamos dar conta de tantas coisas ao mesmo tempo.

No entanto, essa sensação, já tão “pesada” durante o dia, pode ser ainda pior quando surge nos momentos em que precisamos somente descansar, à noite. Nesses casos, a condição é conhecida como “ansiedade noturna”.

Quer entender mais a fundo do que se trata, quais são os principais sintomas e, principalmente, de que maneira é possível auxiliar um paciente a lidar com ela? Continue a leitura do post!

O que é a ansiedade noturna?

Trazendo consigo características únicas, a ansiedade noturna pode ser entendida como aquela que acomete o indivíduo, de maneira mais acentuada, nos períodos em que o corpo e a mente precisam descansar, já no fim do dia. Nesses casos, os sintomas mais comuns podem ser intensificados, e aquele momento que deveria ser de repouso e de reposição das energias passa a ser visto como uma verdadeira tortura.

No entanto, como a interação estabelecida entre o sono e a ansiedade é bidirecional, de modo que um exerce influência sobre o outro, ambos — em conjunto — têm o potencial de impactar negativamente as funções físicas, psicológicas e emocionais, afetando a qualidade de vida como um todo. Inclusive, essa relação é tão estreita que a insônia é um dos problemas mais comuns desencadeados pela ansiedade.

Ou seja, a elevada excitação mental provocada por essa sensação representa um elemento-chave no diagnóstico.

Quais são as causas geralmente associadas?

A dificuldade de desconexão dos problemas e o acúmulo excessivo de estresse, via de regra, são as principais causas da ansiedade noturna, gerando um estado mental de agitação no fim do dia. Assim, quem vive frequentemente sob tensão está muito mais propenso a desenvolver esse tipo de distúrbio, que pode ser experimentado até mesmo por pessoas que não sofrem com o TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada).

Afinal, a noite é o período em que menos recebemos estímulos que levam à distração, havendo mais “espaço” para que as preocupações se instalem. Ou seja, quando não é mais necessário lidar com as obrigações, é comum que tenhamos mais tempo para refletir acerca dos problemas, permitindo que eles roubem o nosso momento de descanso.

Quais são os sintomas mais comuns da ansiedade noturna?

Inicialmente, é importante ter em mente que os sintomas da condição podem variar bastante de paciente para paciente, especialmente em razão das demandas diárias diferentes e dos contextos diversos de cada um. Em alguns casos, você, como profissional, notará que eles se manifestam de modo mais agressivo, tornando os indivíduos extremamente vulneráveis.

Em outros, porém, o problema se revelará de maneira mais sutil, provocando apenas um desconforto leve ou moderado, por exemplo. Ou seja, tudo dependerá das circunstâncias e da saúde emocional do paciente. No entanto, é interessante ter um olhar mais atento quando os sintomas — tanto físico quanto comportamentais — elencados a seguir forem observados e/ou relatados:

Além disso, conforme a gravidade da situação, é possível que alguns relatem acordar com os batimentos cardíacos acelerados, assustados. Na realidade, é até mais comum que as crises de ansiedade sejam mais frequentes durante a madrugada, quando geralmente há menos chances de ajuda — essa constatação, por si só, já pode piorar o quadro como um todo.

Como ajudar um paciente a lidar com a condição?

Para “driblar” a ansiedade noturna, é possível que as pessoas apostem no alívio oferecido por medicamentos que as ajudem a pegar no sono. Contudo, o mais recomendável — e eficaz — nesses casos é definir algumas diretrizes para iniciar uma mudança de hábitos. Afinal, a depender do que se pensa, do que se sente e do modo como se administra o que é feito antes de se deitar, é possível ficar mais tranquilo ou mais nervoso.

Nesse sentido, a seguir, listamos algumas orientações que podem ser dadas ao paciente a fim de ajudá-lo a diminuir a intensidade dos sintomas.

Incentive-o a ter um hobby

Praticar uma atividade prazerosa e que não se limite às obrigações pode ser uma excelente medida para diminuir a pressão sobre si mesmo. Nesse contexto, é essencial orientá-lo a voltar a sua atenção a algo que o faça relaxar e, principalmente, esquecer as cobranças. Nesse caso, vale qualquer opção que gere satisfação — como pintar, caminhar, ler um livro etc. — e que, de preferência, não tenha qualquer relação com o trabalho.

Estimule-o a interagir com as pessoas queridas

Outra excelente dica é conversar com as pessoas do círculo social e escutá-las com atenção e um interesse genuíno. Esses momentos de interação, além de funcionarem como uma ótima distração, ajudarão o paciente a colocar os próprios pensamentos em ordem. Além disso, é válido lembrá-lo que as demonstrações de carinho mútuas nos fazem sentir que temos um porto seguro, o que também pode trazer uma maior paz interior.

Oriente-o a fazer exercícios físicos regularmente

Os exercícios físicos, como muito se fala, desempenham um papel essencial para a promoção do bem-estar humano. Isso porque as alterações metabólicas que eles desencadeiam podem fazer com que fiquemos mais dispostos e/ou relaxados, a depender da hora da prática.

Nesse sentido, uma recomendação que pode ser bastante positiva é optar por atividades mais intensas pela manhã, quando o corpo precisa “despertar”, e apostar nas mais leves no período da noite. Uma boa alternativa é o alongamento, que pode aliviar as tensões.

Como você pôde ver, a ansiedade noturna pode acometer até mesmo aqueles que não sofrem de Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG, causando prejuízos para a saúde da mente e do corpo. Por isso, ao identificar — ou ter relatados — alguns dos principais sintomas elencados neste post durante as sessões, é fundamental trabalhar com o paciente de modo colaborativo em prol de uma mudança de hábitos, a fim de melhorar a qualidade de vida como um todo.

Este post foi útil? Há alguma observação que você gostaria de fazer ou alguma experiência a compartilhar? Deixe um comentário!

Posts relacionados

Deixe um comentário