Para explicar o que é antifrágil, precisamos partir do conceito de frágil, que significa facilidade para se quebrar quando sofre impactos. A antifragilidade, por sua vez, refere-se à capacidade de lidar com situações adversas e sair melhorado — não é sinônimo de resiliência, o que será esclarecido mais adiante.
A pessoa que se torna antifrágil encontra maneiras de evitar se quebrar facilmente, mesmo em meio ao caos, e consegue se reinventar. Segundo o criador do conceito, Nassim Taleb, “o que não é antifrágil certamente sucumbirá”.
Esse tipo de postura ajuda a manter o equilíbrio emocional frente aos imprevistos. Por isso, é importante entender melhor o que significa para aprender a colocar a teoria em prática.
Confira as informações que reunimos sobre o assunto!
Como ser antifrágil?
É possível ser antifrágil e se beneficiar do caos? Parece algo difícil de realizar — e, de fato, é. Afinal, requer treinamento contínuo de habilidades intrapessoais. É um processo que não acaba. Quanto mais se expõe a situações difíceis, mais o indivíduo pode se fortalecer.
Podemos associar o conceito de antifrágil a outras características que fazem uma pessoa passar por crises de forma construtiva, como inteligência emocional, flexibilidade mental e gerenciamento de conflitos.
Na prática, se aplicadas com constância, as seguintes dicas podem ajudar:
- encarar os problemas de frente, avaliando possíveis resoluções — esquivar-se ou fingir que eles não existem não ajudará a resolvê-los;
- aprender com as experiências negativas, pois ninguém está imune a elas;
- usar os infortúnios e as críticas como algo construtivo, filtrando o que tem relevância e descartando o que não acrescenta em nada;
- assumir um olhar amplo para encontrar elementos reforçadores ou pontos de luz, mesmo nos momentos de maior escuridão;
- aceitar que nem tudo está ao nosso alcance e os planos nem sempre saem como o esperado.
Quais são as possíveis consequências de não ser antifrágil?
O antifrágil aprende a lidar com as dificuldades e os imprevistos e a se reinventar com eles. Note que isso não é sinônimo de resiliência ou resistência, que torna a pessoa capaz de suportar tudo sem se alterar.
O resiliente passa por impactos e recupera seu estado, é forte, permanece o mesmo. O antifrágil também aguenta os impactos, mas já não continua igual, torna-se cada vez mais preparado, desenvolve novas estratégias de enfrentamento.
Por outro lado, quem não aprende a ser antifrágil está mais propenso a cair quando algo ruim acontecer ou quando as situações fugirem do controle. A dificuldade de lidar com a frustração e com os “nãos da vida” abre portas para transtornos de depressão e ansiedade.
Como trabalhar a antifragilidade na psicoterapia?
Na prática clínica, os psicólogos ajudam seus pacientes a falarem sobre seus medos e fragilidades, atuando com técnicas que levam à identificação e à compreensão dessas limitações.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem foco no treino de habilidades e na substituição de pensamentos disfuncionais por outros mais eficazes, os quais também levam a melhorias no comportamento adaptativo.
Não se trata somente de mostrar que a pessoa precisa ser forte na dificuldade, mas de ajudá-la a encontrar seus pontos reforçadores, reestruturar sua mente e, a partir disso, elaborar novas estratégias comportamentais.
Afinal, é preciso ter em mente que um problema pode surgir a qualquer momento — seja de simples resolução, seja do tipo que nos “tira o chão”. É nessa hora que a postura antifrágil determina uma forma mais eficiente de reagir aos eventos adversos, uma vez que nem sempre é possível evitá-los.
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