3 desafios do atendimento online na psicologia

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Regulamentado desde 2018 por meio da resolução CFP nº 11, o atendimento online na psicologia vem conquistando muitos adeptos que buscam essa modalidade pela praticidade que ela oferece. Afinal, a consulta acontece em tempo real, mas de forma remota, permitindo que o paciente seja acompanhando e tenha o tratamento desejado para questões emocionais, autodesenvolvimento e de saúde mental mesmo a distância.

Isso tem levado vários profissionais a se interessarem pelo serviço e a se questionarem sobre potenciais desafios com os quais precisam lidar ao atender virtualmente. Pensando nisso, listamos três exemplos. Acompanhe!

1. Falta de privacidade durante atendimento online na psicologia

O primeiro desafio é a falta de privacidade durante a consulta. Em um consultório tradicional, o espaço, as distrações dele e até mesmo as interrupções que podem ocorrer estão todas (ou quase todas) sob controle do psicólogo. No ambiente virtual isso muda.

Além do profissional precisar garantir um lugar reservado e tranquilo para realizar o atendimento, o paciente também terá que fazer o mesmo. Infelizmente, isso nem sempre ocorre. Muitas pessoas, por exemplo, não tem para onde ir durante o atendimento online, precisando ficar em casa ou até mesmo no trabalho com pessoas em cômodos próximos.

Como resultado, isso pode acabar inibindo elas de expressar o que realmente estão sentindo, de verbalizar as dificuldades enfrentadas no plano terapêutico e de compartilhar questões íntimas. É interessante criar estratégias para superar esse desafio.

2. Dilema sobre prestação de serviços em plataformas digitais

Muitos psicólogos também ficam em um dilema sobre como realizar o atendimento online. Isso porque alguns podem optar por fornecer essa modalidade como uma extensão ou alternativa ao trabalho presencial que já fazem com os pacientes que acompanham.

Porém, aqueles que estão iniciando a carreira não têm uma base de clientes fixa que possa migrar para o formato em questão. Portanto, para realizar esse tipo de consulta, muitos se veem inclinados a recorrer às plataformas digitais de serviços psicológicos para ganhar experiência, divulgar o próprio nome e se tornar uma referência no mercado.

A questão é que isso pode trazer custos extras — como o de filiação ou cadastro ao banco de profissionais dessas redes — e também impactar os ganhos por atendimento — já que elas atuam com cartelas de valores diferenciados entre si.

3. Dificuldade quanto à construção da aliança terapêutica

Outro desafio é a dificuldade quanto a geração e a manutenção da aliança terapêutica. Um fator essencial para que o paciente se sinta confortável com o psicólogo e veja a sessão como um espaço livre de críticas, pressões e receios do mundo exterior. Ou seja, aspectos que vão permitir que o trabalho psicoterapêutico possa seguir adiante e dar frutos.

Alguns profissionais podem ver o fato de não estarem diante do paciente, interagindo pessoalmente, como algo que reduz a capacidade deles de se mostrarem empáticos e que, inclusive, os tornam engessados para estabelecer uma conexão com a pessoa do outro lado. Em especial, quando há o manejo de transtornos mentais e situações de pacientes em crise.

Como mostrado, o atendimento online na psicologia pode ser desafiador para o profissional – em particular, no início dessa atividade ou quando não há muita prática no ambiente virtual. Porém, são dificuldades que podem ser sanadas com o ganho de experiência e a orientação adequada do Conselho Regional de Psicologia (CRP) da sua região diante de dúvidas ou questionamentos sobre o formato.

Afinal, essa modalidade vem como forma de expandir os serviços psicológicos, tornando-os mais acessíveis para a população e, em contrapartida, aumentando as possibilidades de atuação do profissional.

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