Veja como utilizar a ativação comportamental

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Diversas situações e/ou transtornos psicológicos podem levar uma pessoa a assumir uma postura mais pessimista e ter a sua disposição diminuída consideravelmente. Não somente isso, como várias alterações de humor, de motivação e de comportamento podem acontecer dentro de contextos complicados. Nesses casos, a técnica de ativação comportamental surge como uma grande aliada.

Elevar o estado de espírito e ter foco para superar os problemas do cotidiano, de modo geral, não é fácil. Além disso, com a presença de fatores que diminuem ainda mais essa motivação, torna-se um desafio maior.

Nesse contexto, o papel do terapeuta se torna encontrar soluções que possam ajudar o paciente a melhorar os ânimos e prevenir problemas de saúde mental. Neste post, vamos mostrar como a ativação comportamental pode ajudar. Continue a leitura!

O que é a ativação comportamental?

A ativação comportamental nada mais é do que uma técnica que visa ao uso de metas e tarefas a serem realizadas em curto prazo, a fim de estimular os pacientes a saírem, aos poucos, de um estado deprimido ou ansioso.

Essa é uma estratégia que ajuda a pessoa a começar a agir, dentro dos seus limites, para deixar um ciclo vicioso, abandonar hábitos nocivos, superar os períodos de depressão provocados por transtornos psicológicos, entre vários outros casos. Em resumo, é uma técnica aplicada junto ao paciente para solucionar problemas passo a passo.

Como funciona essa estratégia?

Para colocar qualquer estratégia em funcionamento, é fundamental entender, principalmente, como está o contexto. Por esse motivo, o primeiro passo da ativação comportamental é compreender o estado do paciente.

O monitoramento das atividades, dos sentimentos e das reflexões do cotidiano pode ser realizado com um diário ou por meio de um aplicativo. Isso ajuda o paciente a compreender o que está acontecendo e, posteriormente, relatar ao terapeuta.

Além disso, cabe ao profissional, durante esse processo, identificar quais são os fatores que motivam o paciente a buscar melhorias. Afinal, é por meio disso que será possível estimular o indivíduo a dar os primeiros passos de ativação comportamental.

Com isso, a técnica pode ser aplicada com a definição de metas simples e que podem ser realizadas no dia a dia. Desse modo, cada vez que o paciente cumpre o que planejou, pode se sentir mais motivado e o comportamento é reforçado.

Ao estabelecer metas saudáveis, é possível criar hábitos que substituem os comportamentos nocivos, ajudando a virar o ciclo de forma positiva. Consequentemente, os problemas podem ser solucionados um por vez, de acordo com o ritmo do paciente.

Como conduzir a ativação comportamental?

Como visto, para dar início à aplicação da ativação comportamental, é preciso entender qual é o quadro que o paciente está apresentando. Fobias, transtornos de ansiedade, depressão, vícios, transtorno bipolar — todos são exemplos de distúrbios que podem impulsionar comportamentos inibitórios e que atrapalham a rotina de um indivíduo.

Ao monitorar o quadro e identificar o que melhora o humor do paciente — o que pode ser feito por meio de perguntas diretas —, torna-se possível descobrir, com a pessoa, metas que podem ser criadas e cumpridas ao longo da semana.

A partir disso, o trabalho do terapeuta se volta, principalmente, para o acompanhamento da realização das metas e do reforço ao paciente, especialmente nos momentos mais complexos. Com isso, é possível mostrar ao indivíduo como ele tem a autonomia de solucionar diversos problemas que surgem no dia a dia e pode superar os momentos difíceis.

Como visto, a ativação comportamental é uma técnica que pode ser utilizada por psicólogos no dia a dia, principalmente por meio da TCC (terapia cognitivo-comportamental), a fim de ajudar o paciente a construir uma realidade mais positiva e enfrentar situações complicadas. Com pequenas metas, é possível alcançar resultados incríveis e duradouros a longo prazo. Por isso, vale a pena incentivá-la nas consultas.

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