A autoimagem é algo que diz muito sobre como o paciente se enxerga e, consequentemente, interpreta a realidade. Muitas vezes, quando o conceito sobre si mesmo é negativo, a forma como uma pessoa reage às adversidades do dia a dia também não é muito favorável à solução dos problemas.
Compreender o que são autoimagem, autoestima e autoconceito vai contribuir muito para entender cada caso que você tem contato. Além disso, continuar se especializando é uma maneira de conhecer as melhores práticas para ajudar os pacientes a melhorarem a imagem pessoal e profissional.
Neste post, vamos abordar sobre as diferentes formas de que um psicólogo pode ajudar um paciente a desenvolver uma autoimagem mais positiva. Acompanhe e fique por dentro deste assunto!
Quais são as diferenças entre autoimagem, autoestima e autoconceito?
Para começar, é importante entender que esses termos, apesar de convergirem, não são necessariamente sinônimos. Existem algumas diferenças entre autoimagem, autoestima e autoconceito que dão dicas do que pode ser trabalhado com um paciente.
A seguir, entenda melhor o que difere autoimagem de autoestima e autoconceito!
Autoimagem
A autoimagem nada mais é que a forma que um indivíduo se enxerga, tanto por fora quanto por dentro. Esse é um conceito muito abordado na terapia cognitivo-comportamental, pois mostra como uma pessoa vê e interpreta a realidade.
Problemas com a autoimagem podem gerar consequências desde a síndrome do impostor até transtornos alimentares. Afinal, esse conceito diz respeito à maneira que o paciente se interpreta fisicamente e emocionalmente.
No âmbito sentimental, é comum que a pessoa pense ser inferior às demais pessoas, em situações recorrentes desenvolva o sentimento de não se sentir merecedora de suas próprias conquistas, tenha a tendência de estar sempre se comparando com os outros, entre várias outras manifestações.
Isso tudo pode fazer com que o paciente comece a ter comportamentos de isolamento social, de desistência dos objetivos, como tentar um cargo mais relevante em uma empresa ou começar uma pós-graduação, e de autocobrança excessiva.
Já no quesito físico, o indivíduo pode começar a ter uma autopercepção do corpo distorcida, se enxergando com mais peso do que de fato tem. Com isso, o caso tem grandes chances de evoluir para quadros mais graves, como o de bulimia e anorexia. A rigorosidade com a própria imagem também é muito presente em quem tem problemas com a forma que se vê.
Autoestima
A autoestima, por outro lado, é compreendida como o ato de gostar de si mesmo. Ou seja, na prática, esse conceito nos diz o quanto uma pessoa se valoriza, aceita-se e busca se conhecer.
Cada pessoa começa a desenvolver a sua autoestima ainda na infância, com base nos estímulos que recebe dos pais, sejam eles críticas ou elogios, e das pessoas com quem têm contato — seja na escola, seja em ambientes em que frequentam com assiduidade.
O autoconhecimento é um caminho que leva ao aumento da autoestima. Afinal, ele permite que um paciente se enxergue da forma que é, considerando toda a sua essência. Com o tempo, essa noção de si mesmo se torna um fator que conduz à autoaceitação, na qual a pessoa começa a se sentir mais satisfeita com a própria personalidade e identidade.
Quando a autoestima de um indivíduo está baixa, isso faz com que ele aceite passar por situações desagradáveis, como humilhações no ambiente de trabalho ou relacionamentos abusivos, por entender que é o melhor que pode conseguir.
Já quando a autoestima é estimulada, o paciente passa a reconhecer o seu valor e, com isso, não permite ser desvalorizado. Isso faz uma diferença significante em sua saúde mental, pois ajuda a evitar situações estressantes e que provocam o desgaste emocional.
Autoconceito
O autoconceito pode ser visto na imagem que a pessoa cria de si mesma. Ao perguntar para um paciente como ele se descreveria, o relato que ele oferece é compreendido como o conceito que ele criou sobre a sua imagem e personalidade.
Parte desse autoconceito é baseado em como um indivíduo interpreta a maneira que as pessoas ao redor a veem. Por conta disso, é outro objeto que pode ser analisado na TCC, para entender como funcionam os processos mentais e os pensamentos automáticos de um paciente.
Como ajudar os seus pacientes a desenvolver uma boa autoimagem?
Tendo em vista que esses conceitos são tão importantes para a saúde mental de uma pessoa e para prevenir diversos distúrbios psicológicos, entender como orientar os seus pacientes a desenvolverem uma boa autoimagem é fundamental. Veja o que pode ser feito para ter resultados positivos.
Conheça exercícios de autoapreciação
Ao notar que um paciente tem uma visão negativa de sua autoimagem, é possível ensinar alguns exercícios para melhorar a sua autoapreciação. Técnicas como a terapia do espelho, por exemplo, que faz com que a pessoa se observe, ressalte características que gosta de sua aparência e fale palavras de autoaceitação, são muito eficientes para dar início ao processo de desconstrução de uma autopercepção depreciativa.
Para ajudar a pessoa a melhorar a autoestima e a aceitação de sua personalidade, existe outra técnica muito interessante, que é a de incentivá-la a escrever, diariamente, cerca de três características que admira em si mesma. Ao longo de uma semana, ela consegue reconhecer cerca de 20 pontos positivos de sua identidade e, aos poucos, melhorar a sua autoimagem.
Preste atenção ao que o paciente fala de si mesmo
O que o paciente fala sobre si mesmo diz muito sobre como ele se enxerga. Quando são realizadas muitas atribuições negativas, é possível notar que a sua autoimagem está abalada. Com base nisso, é possível investigar mais sobre os motivos pelos quais o indivíduo se vê dessa forma e trabalhar os exercícios de autoapreciação.
Faça especializações
As especializações permitem compreender melhor alguns conceitos que não foram abordados em sua profundidade durante o período da graduação. Dessa maneira, você tem as suas habilidades desenvolvidas, aumenta o seu conhecimento sobre determinadas áreas que estão relacionadas à ideia de autoimagem e pode aprimorar ainda mais o seu atendimento.
No entanto, para começar uma pós-graduação em Psicologia, é fundamental encontrar instituições que tenham credibilidade no mercado. Assim, você vai aprender os melhores conteúdos da área e se atualizar sobre as práticas mais eficientes para ajudar os seus pacientes a melhorarem a autoimagem.
Este post foi útil para você? Se você tem mais alguma sugestão de como auxiliar os pacientes com problemas de autoimagem, deixe um comentário logo abaixo!