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Como identificar e tratar o transtorno bipolar?

6 minutos para ler

O termo “bipolar” é muitas vezes usado no senso comum em relação a variações rápidas de humor. Às vezes, os comentários são uma forma de brincar com um amigo ou familiar que apresenta essas mudanças. Entretanto, não é isso que representa, de fato, o transtorno bipolar.

Entender as especificações do transtorno é fundamental para esclarecer o assunto com pessoas leigas e conseguir identificar se um paciente em psicoterapia tem esse problema.

Então, que tal saber mais sobre o tema e conhecer os sintomas e tratamentos da bipolaridade? Confira as informações deste post!

O que é o transtorno bipolar?

É uma questão psiquiátrica que consta no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, o principal sintoma desse problema não é a mudança rápida de humor. Pelo contrário, pacientes com transtorno bipolar enfrentam fases que costumam durar de algumas semanas a meses.

Sendo assim, alguém que tem oscilações em seu estado de humor durante o dia pode ter outros problemas, mas não necessariamente a bipolaridade. Já uma pessoa com transtorno bipolar vivencia dificuldades emocionais e sociais devido à variação entre períodos de depressão e euforia (ou mesmo a sobreposição de sintomas de ambas as fases).

Para receber esse diagnóstico, o paciente deve apresentar sintomas de depressão por, pelo menos, 2 (duas) semanas, enquanto os sinais de mania devem durar, no mínimo, 1 (uma) semana. Também pode acontecer de os sinais coexistirem — o que é conhecido como fase mista do transtorno.

Assim, os sentimentos de tristeza ou irritação podem se alternar ou coexistir com épocas de grande empolgação e impulsividade. A duração de cada fase e a intensidade dos sintomas variam para cada pessoa, o que pode tornar o diagnóstico do transtorno bastante difícil.

Em geral, vivenciar a bipolaridade traz muito sofrimento para os pacientes — mesmo na fase de mania, em que os sintomas depressivos não estão presentes. Nesse período, é comum que as pessoas tomem atitudes por impulso e até mesmo se coloquem em risco de vida.

Como identificar esse transtorno?

Diversos indicativos do transtorno bipolar se aproximam de outros problemas psiquiátricos, como a própria depressão ou os distúrbios de ansiedade. Com isso, nem sempre é fácil chegar ao diagnóstico.

A avaliação clínica cuidadosa e o diagnóstico diferencial em comparação com outras questões psiquiátricas são passos necessários para evitar as dificuldades e oferecer um tratamento efetivo. A observação dos sintomas é feita especificando as características de cada fase. Na depressão bipolar, os sinais mais comuns são:

  • tristeza;
  • fadiga;
  • irritabilidade;
  • pessimismo;
  • perda de interesse;
  • afastamento dos amigos;
  • dificuldade de concentração;
  • sentimentos de desesperança e inutilidade;
  • insônia ou excesso de sono;
  • perda de apetite ou exageros alimentares;
  • pensamentos suicidas.

Já os períodos de mania apresentam os seguintes indicativos:

  • humor excessivamente feliz;
  • sensação de euforia;
  • agitação;
  • impaciência;
  • maior sociabilidade;
  • compulsão;
  • comportamentos impulsivos;
  • menor necessidade de sono;
  • pensamentos acelerados;
  • ideias delirantes.

Os sintomas da fase de mania podem ser vivenciados de maneira mais leve e com duração mais rápida. Esse quadro é chamado de hipomania. Frequentemente, as pessoas que apresentam episódios de hipomania são as mais desafiadoras no processo diagnóstico. Isso acontece porque os sintomas podem não ficar tão claros, além de a duração da fase ser mais curta — geralmente menor que 1 (uma) semana (mas, para caracterizar o transtorno bipolar, ela deve durar, pelo menos, 4 (quatro) dias).

Além disso, como já salientamos, os indicativos das duas fases também podem coexistir, caracterizando um estado misto do transtorno bipolar. Esse fenômeno também requer a atenção dos profissionais no processo de diagnóstico.

De que forma o transtorno bipolar pode ser tratado?

Como você viu, identificar esse problema não é uma tarefa simples. Quando o psicólogo percebe alguns dos sintomas, deve encaminhar o paciente para a avaliação de um psiquiatra. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento acontece de forma multidisciplinar.

A psicoterapia é fundamental para a superação das dificuldades pessoais e sociais geradas pela bipolaridade. A intervenção medicamentosa, geralmente com estabilizadores de humor, também é indispensável. Por isso, é muito importante que os profissionais envolvidos conversem e troquem informações relevantes para o atendimento do paciente.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) alcança resultados muito significativos nos casos de transtorno bipolar. Não por acaso, ela é uma das abordagens psicológicas mais indicadas para esse trabalho. As intervenções do psicólogo ajudam a controlar os sintomas e a desenvolver novas maneiras de lidar com o problema, reduzindo o risco de crises.

Dessa maneira, as técnicas da TCC promovem qualidade de vida para as pessoas que sofrem com esse transtorno. Uma das primeiras etapas no processo terapêutico é a psicoeducação. Por meio dela, o profissional explica para o paciente os detalhes do diagnóstico e do tratamento, permitindo que ele compreenda o que se passa e se torne ativo na recuperação de sua saúde.

Outra das principais técnicas utilizadas é a monitoração do humor. O paciente deve registrar frequentemente seu estado de humor e os efeitos dele nas suas atividades rotineiras. Assim, é possível acompanhar as variações emocionais e se capacitar melhor para controlar as consequências delas.

Na terapia, a pessoa aprende a identificar as fases de mania e depressão, prevendo as oscilações e se preparando para lidar com elas — o que reduz a gravidade dos sintomas. Além disso, a TCC promove uma compreensão dos pensamentos e comportamentos que estão ligados às crises, permitindo a modificação de distorções cognitivas e padrões comportamentais que agravam o problema.

Além dos atendimentos clínicos e do uso de medicamentos, algumas intervenções no estilo de vida maximizam os resultados do tratamento. Realizar exercícios, ter uma alimentação saudável e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias, por exemplo, são atitudes que promovem qualidade de vida e melhoram as condições físicas e emocionais do paciente.

Agora você tem informações relevantes a respeito do diagnóstico e do tratamento do transtorno bipolar. Essa é uma condição muito presente nas clínicas psicológicas. Por isso, é essencial que o psicólogo saiba manejar o caso a fim de trazer efeitos positivos para as pessoas que procuram seu serviço.

Sabe o que pode ajudar a aperfeiçoar suas intervenções, seja com o transtorno bipolar ou outros problemas? Uma especialização em Psicologia. Continue no blog e saiba mais sobre isso!

 

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2 comentários em “Como identificar e tratar o transtorno bipolar?

  1. Ótimo artigo, muito bem explicado.

    O termo bipolar tornou-se popular na sociedade, e toda pessoa que vivencia inúmeras variações de humor é chamada assim. No entanto, saber identificar quando alguém está com transtorno bipolar pode ajudar muito quem busca tratamento.

    Sou psicóloga, se me permite, gostaria de compartilhar meu blog pessoal, lá publico vários artigos sobre psicologia:

    http://psicologobarueri.com.br/

    Abraços 🙂

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