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Com a disseminação desenfreada — e inesperada — do novo coronavírus, outro elemento se espalhou quase que com a mesma rapidez e em igual intensidade: o medo. As muitas incertezas acerca da doença, o alto número de contaminações e os níveis de gravidade foram aspectos que contribuíram expressivamente para o desenvolvimento de sintomas atrelados à ansiedade e que potencializaram exponencialmente o estresse.
O receio gerado em uma boa parcela da população chegou a tal ponto que, atualmente, embora o cenário não esteja ainda sob controle, mesmo com o recuo de algumas medidas restritivas e a reabertura de diversos estabelecimentos, muitas pessoas permanecem em absoluto isolamento social. Assim, é possível observar que, em alguns casos, surgiu um verdadeiro “pânico” do contato com outros indivíduos.
Contudo, ainda que seja recomendável manter a cautela e permanecer empregando as boas práticas de prevenção da doença, esse “pavor” precisa ser trabalhado e superado, até mesmo para que, em um futuro, a retomada da vida normal seja viável. No entanto, como superar a pandemia do medo? Neste breve artigo, daremos dicas que o ajudarão a tratar os seus pacientes que se encontram nessa condição, auxiliando-os a lidar com este momento ainda delicado, porém de maneira mais leve. Continue a leitura e confira!
1. Oriente-os a exercitar uma mudança de perspectiva
A situação permanece difícil — isso é incontestável. Entretanto, não é saudável remoer a angústia que esse período provocou em todos nós, visto que isso não agrega nada de positivo. Sendo assim, oriente os pacientes a buscar exercitar uma mudança de perspectiva, voltando o seu olhar para as próprias vidas e priorizando aquilo que é positivo.
Um bom exercício é procurar relatos de pessoas que, mesmo em meio a um cenário de incertezas, conseguiram dar a volta por cima e reinventar-se, mantendo a renda e preservando o sustenta das suas famílias, ou, até mesmo, histórias de pessoas que saíram da própria zona de conforto e se doaram em prol do bem-estar do próximo.
2. Estimule-os a reduzir o consumo de notícias de cunho negativo
Embora essa seja uma ação difícil, já que basta ligar a TV ou abrir os portais de notícias na internet para ser bombardeado de informações sobre as taxas de mortalidade, a elevação do número de internações, entre outros dados negativos, é fundamental fugir disso tanto quanto possível. Então, sugira aos pacientes que eles mantenham-se, sim, informados, mas buscando notícias acerca do cenário atual apenas uma vez por semana, por exemplo.
Isso será o suficiente para estar a par da situação e do seu nível de gravidade, mas sem ser “atropelado” por uma verdadeira overdose de informações que são capazes de abalar quaisquer boas perspectivas em relação ao fim do período pandêmico.
3. Incentive-os a buscar alternativas de distração
Ao se sentir desanimado, assustado ou desesperançoso — sentimentos bastante comuns dentro do contexto presente —, estimular o medo é tudo que o paciente não deve procurar fazer. Então, incentive-o a buscar momentos de “respiro”, em que possa se desligar, ainda que temporariamente, do mundo ao redor e de todo o caos vivenciado, distraindo-se com atividades que trazem pequenas alegrias.
Nesse caso, vale maratonar uma série, assistir a filmes, ler um livro, escutar música ou praticar quaisquer outros hobbies que, por alguns instantes, serão capazes de “transportá-lo” para outra realidade “paralela”. Assim, o cérebro é estimulado de forma positiva e torna-se menos difícil lidar com tudo que vem acontecendo ao entorno.
Como você pôde ver, embora algum receio diante do presente cenário experienciado seja comum, é fundamental saber, como profissional de Psicologia, reconhecer quando o pavor está instaurado, de modo a prejudicar a saúde mental dos indivíduos. Nesse sentido, é importante ajudá-los a entender como superar a pandemia do medo, e diversas são as práticas que podem ser adotadas por eles — sob a sua orientação — para tanto.
Este artigo foi útil para ajudá-lo a aplicar uma abordagem mais bem direcionada e acertada no tratamento de pacientes que lidam com a pandemia do medo? Então, curta a nossa página no Facebook e aproveite para ficar de olho nas próximas publicações.
