Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com a Fiocruz, alertou para os impactos das mudanças impostas pelo cenário pandêmico sobre a saúde mental. Segundo o artigo, houve um aumento de 90% nos casos de depressão nos últimos meses, o que evidencia a necessidade de haver uma maior atenção à depressão na pandemia.
Diante do exposto, vamos explicar quais são os sintomas da depressão relacionada a este período delicado e a importância de cuidar da saúde mental. Veja, então, como identificar os sinais que sugerem o uso de uma abordagem profissional mais direcionada e conheça as melhores alternativas para evitar a evolução desse quadro nos pacientes. Boa leitura!
A relação entre a pandemia e os problemas emocionais
Desde o início, a pandemia do novo coronavírus gerou impactos sobre a sociedade em diferentes sentidos. Consequentemente, os efeitos sobre a saúde física, mental e emocional foram percebidos em diversas esferas na vida de todas as pessoas.
Primeiramente, o grande impacto na economia resultou em perda de empregos e na falência de empresas. Somado ao medo e à insegurança gerados pelas circunstâncias da doença, houve também o reflexo das mudanças bruscas sobre o estilo de vida de todos nós.
Portanto, muitos são os motivos que colocam em risco a saúde mental nesse cenário de crise. Por conta disso, situações relacionadas ao desemprego ou à diminuição da renda, o medo do contágio e as incertezas quanto ao futuro favorecem o surgimento de sintomas depressivos e ansiosos.
Os principais impactos da pandemia na saúde mental
Além da ansiedade e do estresse, um dos quadros mais comuns na pandemia é a depressão. Essa doença afeta pessoas de todas as classes sociais, gêneros, culturas e idades. Nessa condição, o indivíduo é dominado por uma tristeza profunda, por uma baixa autoestima, por um medo incontrolável, pela falta de expectativa e, às vezes, por um sentimento de culpa recorrente.
Ademais, também é comum a ocorrência de sintomas, como os distúrbios do sono, o descontrole do apetite, a perda do prazer e do interesse pelas atividades de rotina e o distanciamento emocional e afetivo. Essas características são observadas em todas as desordens emocionais, mas estão mais presentes na depressão e na ansiedade.
As 12 dicas para reduzir a depressão na pandemia
Selecionamos algumas sugestões para ajudar os seus pacientes na superação de alguns dos desafios impostos por esses tempos de pandemia. Veja quais são:
- oriente-os a manter uma rotina tranquila;
- sugira a priorização de uma dieta balanceada e do autocuidado;
- destaque a necessidade de dormir o suficiente e de manter a qualidade do sono;
- oriente-os a praticar exercícios físicos ou mentais, como yoga e meditação;
- explique a importância de evitar conflitos nas relações familiares, sociais e profissionais;
- ajude-os a filtrar as informações e a evitar dados de fontes duvidosas;
- auxilie-os a não acumular emoções negativas e a tentar expressar os seus sentimentos;
- estimule a pesquisa e o estudo sobre a importância dos cuidados com as emoções;
- destaque a importância de contar com um profissional que possa auxiliá-los na sua saúde física e mental;
- oriente-os a ouvir os problemas das pessoas com solidariedade e empatia, mas sem absorvê-los;
- sugira a diminuição da exposição nas redes sociais e a procura por alguém de confiança para compartilhar os seus medos e as expectativas;
- oriente-os a cultivar a fé, a esperança e os pensamentos positivos, pois é preciso acreditar que, em breve, tudo vai passar.
Por fim, vale destacar que a falta de atenção à saúde mental pode gerar consequências graves e irreversíveis. Por tal razão, determinados tratamentos mais direcionados, como a psicoterapia, podem ser uma alternativa para ajudar os seus pacientes a superarem a depressão na pandemia e a resgatarem o bem-estar e a qualidade de vida.
Agora é com você: que tal compartilhar essas dicas de cuidados com a saúde mental dos pacientes na pandemia nas redes sociais para que outros profissionais tenham acesso a essas informações?