Como lidar com a insegurança emocional? Saiba!

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Sentir-se inseguro em alguns momentos da vida é normal e, provavelmente, todos vivenciam essa sensação um dia.

No entanto, há casos em que esse sentimento se manifesta de modo muito frequente, seja no ambiente de trabalho, nas relações interpessoais ou em qualquer outro âmbito, e, nessas circunstâncias, estamos diante de um problema — a insegurança emocional.

Sob a ótica da inteligência emocional, esse estado é, na verdade, o resultado do medo, por exemplo, de errar, de ouvir críticas, de fracassar, de sofrer rejeição, de perder alguém importante etc., o que pode provocar uma espécie de paralisação diante da necessidade de agir.

Nesse sentido, quais são os principais sintomas a serem observados pelo psicólogo? De que forma lidar com um paciente nesse quadro e ajudá-lo a superar? Leia o post e confira!

O que se pode entender por insegurança emocional?

Pode-se dizer que a insegurança emocional se refere a um estado em que, geralmente, as pessoas convivem com um constante sentimento de inferioridade. Em razão disso, é gerada uma sensação de incapacidade, impedindo, por exemplo, a conclusão de tarefas, a autorrealização — nos mais variados aspectos — e até a possibilidade de se sentir amado.

Ainda que o sentimento de insegurança seja algo natural, como também é o de segurança, quando está demasiadamente presente no cotidiano, ele pode desencadear uma série de prejuízos.

Consequentemente, é comum ter dificuldade de se permitir viver oportunidades novas, de manter relacionamentos saudáveis e de buscar a concretização dos próprios objetivos. Ou seja, na prática, trata-se de um fator limitador de peso em relação ao potencial do indivíduo.

Quais são os principais sintomas que podem ser observados pelo psicólogo?

Em muitos casos, embora enfrentem várias dificuldades no dia a dia, as pessoas não percebem que elas estão associadas à insegurança emocional. Assim, acabam não buscando auxílio especificamente para lidar com essa questão.

Justamente por isso, é fundamental que você, como profissional, tenha um olhar sensível para notar tais sinais durante os relatos do paciente nas sessões, levando em consideração, principalmente:

  • a baixa autoestima;
  • a sensação de vulnerabilidade;
  • a dependência em relação a terceiros;
  • a dismorfia corporal;
  • o sentimento de incapacidade;
  • a dificuldade de tomar decisões;
  • o sentimento de inferioridade;
  • o medo de rejeição;
  • o receio de receber críticas;
  • a sensação de não merecimento;
  • o pessimismo etc.

Além disso, é essencial ter em mente que a insegurança emocional pode se manifestar de outras formas como meios de o paciente descarregar as frustrações ou a sensação de que todos têm a intenção de prejudicá-lo, a exemplo de disfunções na personalidade.

Por isso, é imperativo que haja uma análise aprofundada do indivíduo no intuito de identificar o problema e o quão prejudicial ele tem sido.

De que maneira é possível ajudar o paciente a lidar com a insegurança emocional?

O apoio terapêutico é indispensável para que um indivíduo que sofre com a insegurança emocional — e com as suas manifestações no dia a dia — consiga identificar os fatores que têm contribuído para o desenvolvimento do problema.

Nas sessões, é possível trabalhar vivências frequentes, traumas da fase da infância e outros elementos que estejam dificultando a superação das barreiras psicológicas que impedem a autorrealização.

No entanto, é muito importante ir além e ajudá-lo orientando sobre como driblar os sentimentos relacionados à condição.

Algumas excelentes dicas foram elencadas a seguir. Confira!

Estimule a praticar o autoconhecimento

O autoconhecimento envolve, entre outros fatores, a reflexão e a avaliação da própria história de vida, dos pontos fracos e fortes, do modo se relacionar com terceiros e de conduzir as mais diversas situações. Basicamente, consiste em conhecer a si mesmo mais a fundo.

Estimular o paciente a iniciar esse processo é altamente recomendável, já que, dessa forma, ele poderá reconhecer as suas inseguranças, os medos ligados a elas e o que está por trás deles. Assim, com a identificação das causas do problema, torna-se mais fácil solucioná-lo.

Incentive a buscar um meio de elevar a autoestima

Como dito, a insegurança emocional é altamente associada à autoestima, logo, é fundamental trabalhá-la. Ainda que essa tarefa possa ser bastante desafiadora, você pode dar algumas dicas para ajudar o seu paciente nesse sentido, como:

  • evitar ao máximo se comparar com outras pessoas;
  • diminuir a utilização das redes sociais;
  • agir com mais compassividade perante os seus erros;
  • trabalhar uma postura mais positiva para si mesmo.

Oriente a avaliar as próprias crenças limitantes

As crenças limitantes podem ser definidas como questões que “brecam” a capacidade de um indivíduo de alcançar os próprios objetivos por não acreditar em si mesmo.

Diante disso, é necessário refletir e identificar quais delas vêm influenciando o comportamento dele, a fim de trazer mais racionalidade para cada uma e traçar estratégias que o auxiliarão a atingir os seus propósitos.

Estimule a valorizar cada pequena conquista

Por fim, também é muito importante ajudar o paciente a perceber que cada passo dado em rumo à concretização dos seus sonhos pode — e deve — ser valorizado.

Nesse sentido, auxilie-o a lançar um olhar diferente para a própria caminhada e a celebrar as mínimas vitórias.

Qual é a importância da Terapia Cognitivo-Comportamental no combate ao problema?

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ajuda o paciente a compreender e a manejar os seus comportamentos, as suas emoções e os seus pensamentos de modo a alcançar uma qualidade de vida maior, auxiliando-o a resolver os seus problemas.

Assim, por meio dessa abordagem, o indivíduo em tratamento tem a chance de identificar padrões de hábitos e de crenças disfuncionais que, por sua vez, impactam negativamente as suas condutas e o impedem de alcançar a autorrealização.

Ao longo das sessões, o propósito é orientar o paciente a lançar outro olhar sobre as situações que geram preocupação e angústia, de maneira que ele reconheça as suas demandas e descubra novos meios de enfrentamento que podem ser utilizados.

Ou seja, o objetivo é ajudá-lo a perceber que aquilo que o influencia não é o acontecimento isolado, mas, sim, a maneira como ele interpreta as situações que vive.

Como você pôde ver, a insegurança emocional pode ser algo natural e inerente ao ser humano.

No entanto, quando a sensação de medo e a ideia de inferioridade se tornam persistentes, impactando negativamente o dia a dia de um indivíduo, é necessário avaliá-las sob outra ótica, ajudando o paciente — especialmente por meio da TCC — a alterar os próprios padrões de pensamento.

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