O luto prolongado é uma condição que algumas pessoas passam após enfrentar alguma perda na vida. Em 2022, passou a ser considerado, pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), um transtorno mental.
Atualmente, o luto prolongado faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), com o código CID-11-6B42, e o seu tratamento e acompanhamento também fazem parte do trabalho de um psicólogo. Por esse motivo, compreender as características desse transtorno faz toda a diferença para oferecer um suporte adequado aos pacientes.
Neste artigo, saiba o que é o luto prolongado e qual é o papel do psicólogo quando um paciente procura por auxílio!
O que é o luto prolongado?
O luto é uma reação natural de sofrimento, saudade e angústia após a perda de uma pessoa, situação ou item de valor pessoal. Trata-se da sensação de perder um vínculo, que gera sentimentos, pensamentos e comportamentos de tristeza, dor emocional e ansiedade com a nova realidade. Ao longo do tempo, as emoções negativas são atenuadas e o indivíduo retorna ao seu habitual.
No entanto, quando essa reação se estende para períodos mais longos, afetando a funcionalidade de um indivíduo, a condição se torna um transtorno. Nesse momento, é considerado como luto prolongado e merece atenção redobrada.
O luto prolongado compartilha de características da depressão e da ansiedade. No entanto, o fator que causa sofrimento está sempre atrelado à perda. Dessa maneira, gatilhos mentais relacionados a ideia de perder algo ou alguém disparam crises de pânico, períodos de apatia ou tristeza profunda, além de vários outros sintomas que afetam a rotina do paciente.
A resposta persistente ao luto e à dificuldade de aceitar a perda, a morte ou o distanciamento são questões que podem afetar crianças, adolescentes, adultos e idosos. Para cada indivíduo, a investigação dos fatores motivadores e dos desafios de encarar a nova realidade são fundamentais para identificar o melhor tratamento e a abordagem mais adequada para a questão.
Quando um paciente precisa buscar ajuda profissional?
Independentemente de qual for o problema, um paciente precisa buscar ajuda profissional quando um sofrimento psicológico ou emocional afeta o seu dia a dia, com comportamentos como:
- dificuldades de organização da rotina;
- queda no desempenho no trabalho ou nos estudos;
- distanciamento social;
- crises repentinas e frequentes de choro ou de pânico.
Até mesmo se algum incômodo mental ou emocional persiste, é uma boa ideia procurar ajuda profissional para compreender as causas e ir em busca do autoconhecimento. Sendo assim, desconfortos e sofrimentos duradouros, que se prolongam por mais de 2 semanas, mais ou menos, merecem atenção.
Qual o papel do psicólogo para lidar com o luto prolongado?
O psicólogo que recebe um paciente com luto prolongado tem o papel de ajudá-lo a entender a perda e a lidar melhor com os novos sentimentos. Por meio das conversas, dos relatos do indivíduo e das técnicas terapêuticas, é possível ajudar a compreender as razões do sofrimento intenso e buscar soluções para diminuí-lo no dia a dia.
A abordagem de um psicólogo varia de acordo com a sua especialização e os seus objetivos em consultório. No entanto, auxiliar o paciente a restabelecer o bem-estar e a qualidade de vida no dia a dia se torna um dos principais propósitos para diminuir o sofrimento e superar o luto.
Como visto, o luto prolongado é um problema de saúde mental que requer estudo e atenção dos profissionais. Saber como abordar esse tema em consultório e auxiliar os pacientes com essa situação faz parte do papel do psicólogo e são cuidados essenciais para evitar o agravamento dos sintomas.
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