O medo infantil é um desafio presente na vida da maior parte das crianças. Afinal, por ainda estarem conhecendo o mundo onde habitam, pode ser difícil distinguir o que é ameaça e o que não é, em alguns momentos.
As causas desses medos são as mais variadas. Em alguns casos, a criança pode, de fato, ter visto uma ameaça e associado a outro objeto ou pessoa. Dessa forma, fica amedrontada sempre que está no mesmo contexto. Em outros, pode ser fruto da imaginação ou de erros de interpretação do que os pais disseram.
O problema está quando esse medo se torna maior do que a criança consegue lidar e sintomas físicos e de ansiedade começam a aparecer. Nessa situação, além do apoio dos pais, é importante que haja uma intervenção terapêutica para evitar traumas no futuro.
Acompanhe a leitura e conheça 4 dicas de como trabalhar o medo infantil na psicoterapia para crianças.
1. Observe a idade da criança
O primeiro passo é identificar a idade da criança e em qual estágio do desenvolvimento infantil ela se encontra. Afinal, em cada etapa do crescimento, uma pessoa é colocada em frente a uma nova situação, de modo que novos medos podem surgir.
Por exemplo, nos primeiros meses de vida, é comum que o bebê tenha contato apenas com os pais ou poucos familiares. Sendo assim, pessoas de fora desse ciclo social podem causar medo.
Já até os 3 anos, estímulos intensos assustam as crianças, como barulhos fortes, escuro, lugares cheios, entre outros. Após essa idade, a imaginação se torna mais fértil, e seres fantasiosos podem provocar medo.
O que se pode observar é que a sensação de temor ou terror e as reações a esse sentimento variam de acordo com o desenvolvimento infantil. Desse modo, para encontrar as melhores técnicas e abordagens, é preciso compreender em que estágio a criança está física e psicologicamente.
2. Use desenhos para entender a criança
Nem sempre uma criança saberá expressar o que sente, pois ainda está aprendendo sobre emoções, inclusive o medo. Por isso, é interessante, a depender da idade, pedir para que ela desenhe ou explique com figuras o que a amedronta. Assim, é possível compreender os principais fatores aversivos e planejar os recursos para ajudá-la a lidar com tudo isso.
3. Conte com a participação da família
Ter o apoio da família também é fundamental para que a criança não veja o ambiente terapêutico ou o profissional psicólogo como uma ameaça. Com um familiar presente, é possível compreender e investigar as causas do medo.
4. Adote uma postura lúdica
Por fim, independentemente da técnica adotada, é importante ter uma postura lúdica para conversar com o pequeno. Usar exemplos, brinquedos, desenhos e demais elementos que despertem o interesse infantil ajuda a trabalhar emoções e comportamentos relacionados ao assunto com leveza.
Além disso, com a ludicidade, é possível ensinar a criança de forma prática e proporcionar uma experiência segura. A boa comunicação e a empatia são fundamentais para que ela consiga superar os medos e ter um desenvolvimento saudável.
Como visto, o medo infantil pode surgir em vários contextos. Em quadros mais graves, é importante ter o amparo de um profissional especializado. Por isso, desenvolver habilidades para lidar com o público infantojuvenil, de forma lúdica e amigável, faz toda a diferença para esses casos, e a pós do Cognitivo tem de tudo para ajudar no seu desenvolvimento profissional.
Gostou deste post? Então, aproveite a visita e veja também se vale a pena fazer uma pós em Terapia Cognitivo-Comportamental!