Saber lidar com emoções e comportamentos é um desafio, em diversas situações. Nesse contexto, algumas pessoas escolhem negligenciar o que sentem para evitar o sofrimento. Ao mesmo tempo, outras seguem a linha do perfeccionismo emocional, a fim de ter mais controle sobre os sentimentos.
No geral, para saber lidar com emoções, pensamentos e comportamentos, é fundamental encontrar o equilíbrio, e é nesse ponto que o psicólogo pode ajudar. Um profissional da Psicologia é capaz de identificar alguns sinais de excessos e tentar direcionar o paciente para um estado que traga mais consciência, aceitação, conforto e acolhimento.
Neste artigo, saiba mais sobre o perfeccionismo emocional e entenda qual é o papel do psicólogo nesses casos!
O que é o perfeccionismo emocional?
Perfeccionismo emocional é um tipo de comportamento adotado por pessoas que tentam alcançar a excelência no modo como se sentem, reagem e tomam decisões. Essa pode ser uma consequência de diversos fatores, como traumas, rigidez emocional, necessidade de controle, entre outros.
Algumas características que podem ser observadas frequentemente em casos de perfeccionismo emocional são:
- negação da existência de emoções negativas — o paciente reprime ou foge constantemente de demonstrações emocionais de raiva, tristeza, angústia, medo etc.;
- rigidez no controle emocional — é comum também que o paciente tenha resistência em expressar como se sente e apresentar vulnerabilidades, até mesmo em uma sessão de terapia;
- medo de julgamento e autocrítica;
- autocobrança excessiva.
Como ele pode afetar outras áreas da vida dos pacientes?
No geral, o perfeccionismo emocional pode se relacionar a uma necessidade de atingir um grau de perfeição em tudo o que faz. Por conta dessa pressão interna que uma pessoa coloca sobre si, é possível ter que enfrentar diversas consequências negativas, tanto na saúde mental quanto em outras áreas da vida.
Para começar, a tendência à negligência das emoções, sejam positivas, sejam negativas, é prejudicial para identificar a presença de algum problema ou incômodo. Desse modo, os pacientes podem levar um tempo a mais para procurar ajuda em casos de transtornos de ansiedade, depressão e demais distúrbios.
Na vida social, a dificuldade de lidar com as emoções de maneira equilibrada também pode gerar abalos ou criar um distanciamento sentimental nos relacionamentos, independentemente do vínculo. Desse modo, é comum que pessoas com perfeccionismo emocional tenham dificuldade de criar conexões profundas.
O estresse e a tensão acumulados ao controlar as emoções constantemente, negando a sua existência, podem promover também dores musculares, como nos músculos em torno do pescoço e na cabeça. Ou seja, a médio e longo prazo, esse tipo de comportamento pode gerar sintomas somáticos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de perfeccionismo emocional é realizado em sessões de terapia, conforme o profissional escuta os relatos dos pacientes e identifica padrões de comportamento perfeccionista até mesmo para as emoções.
Por não se tratar de um transtorno mental ou de desenvolvimento com características bem-definidas, ainda não existem testes ou protocolos para a avaliação do perfeccionismo emocional. No geral, estimular a autopercepção dos pacientes pode ser uma estratégia eficiente para começar a abordar mais o assunto nas sessões.
Como é o tratamento em consultas terapêuticas?
Para buscar intervenções terapêuticas para o perfeccionismo emocional durante as consultas de psicoterapia, é fundamental que o paciente entenda o comportamento que apresenta. Desse modo, fazer sugestões ou traçar um caminho para que o indivíduo tenha essa compreensão são os primeiros passos.
Além disso, o tratamento pode envolver técnicas de flexibilidade mental e emocional, a fim de ajudar o paciente a se soltar e se permitir errar, em alguns momentos. Em seguida, é possível desenvolver exercícios para projetar essa quebra de padrões de perfeccionismo para o campo emocional.
Qual o papel do psicólogo em casos de perfeccionismo emocional?
O papel do psicólogo em casos de perfeccionismo emocional é oferecer o suporte adequado para os pacientes e contribuir para o desenvolvimento pessoal, emocional e social dos indivíduos. Desse modo, o profissional se responsabiliza pela escuta, pelo aconselhamento e pelo apoio nesses casos.
Como visto, o perfeccionismo emocional é um tipo de comportamento que pode ser prejudicial para as pessoas, uma vez que afeta a maneira que lida consigo, trazendo desafios para o desenvolvimento de inteligência emocional e autorregulação. Por esse motivo, encontrar técnicas que contrabalanceiam essa rigidez é uma excelente iniciativa no tratamento.
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