Diversas técnicas na Psicologia podem ajudar a lidar com problemas que afetam, inclusive, o corpo. Esse é o caso da dor crônica, cuja psicoeducação é um dos recursos que podem ser utilizados no tratamento.
A dor crônica é uma sensação persistente e recorrente, que pode estar relacionada às emoções. Isso porque a percepção de estímulos nociceptivos ou dolorosos pode ser aumentada, ou diminuída, a depender da valência e da excitabilidade emocional. Por exemplo, em situações de estresse, a sensação dolorosa pode ser acentuada.
Sendo assim, utilizar recursos de psicoeducação para o tratamento de dor crônica pode ser uma intervenção necessária para o bem-estar dos pacientes. Entenda melhor como esse processo funciona com este artigo!
O que é psicoeducação?
A psicoeducação é um tipo de intervenção psicoterapêutica estruturada para elevar o autoconhecimento dos pacientes sobre o estado de sua saúde mental. Trata-se de apresentar estímulos e técnicas de autoavaliação emocional, psicológica e cognitiva.
Ao aumentar a autoconsciência sobre os aspectos físicos e mentais, o paciente tem mais oportunidades de entender sobre os seus transtornos e buscar alternativas para tratá-los. No caso da dor crônica, a percepção das limitações, da ausência delas em uma lesão existente ou inexistente pode auxiliar e acelerar a melhoria.
Assim como em qualquer outro processo de aprendizagem, a psicoeducação envolve a apresentação dos temas de maneira didática, conforme a linguagem do paciente e com transparência. Com isso, é possível desenvolver atividades pedagógicas ao longo das sessões.
A psicoeducação é uma estratégia capaz de elevar a adesão de um paciente à psicoterapia, assim como também é útil para o aprendizado de técnicas para lidar com transtornos mentais. Desde transtornos de ansiedade até mesmo a percepção de dor podem ser tratadas com o apoio desse recurso.
Qual o papel da psicoeducação para o tratamento da dor crônica?
Segundo estudos de revisão sistemática sobre dor crônica no Brasil, a média da prevalência de casos nacionais é de 45,59%. Isso significa que quase metade da população brasileira sofre com incômodos físicos crônicos, provenientes ou não de lesões. Os dados revelam também que as mulheres são as mais afetadas por essa condição.
Tendo em vista esse contexto, desenvolver intervenções terapêuticas que possam promover a melhoria dos quadros faz toda a diferença para a promoção de saúde e bem-estar na sociedade. Com a psicoeducação, é possível investigar as possíveis causas para a sensação e os momentos em que surgem.
Sendo assim, o papel da psicoeducação para o tratamento da dor crônica está na promoção de autoconsciência física e mental a fim de integrar os cuidados com a saúde. Consequentemente, os pacientes podem ter mais recursos para entender os estímulos emocionais que podem acentuar as dores e as iniciativas que auxiliam no alívio da sensação.
Qual a influência da psicoeducação na TCC?
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode auxiliar na identificação de distorções cognitivas que fazem com que a dor crônica seja percebida de maneira mais intensa ou na ausência de lesões. Como resultado, a identificação do problema pode contribuir para que o paciente, ao lado do psicólogo, desenvolva técnicas cognitivas de correção.
Desde estratégias de enfrentamento emocional até o registro de pensamentos disfuncionais podem ajudar a aplicar a psicoeducação para o tratamento de dor crônica. Com isso, as técnicas de TCC auxiliam na melhoria do quadro e do desenvolvimento de autoconhecimento, autoconsciência e autocontrole dos pacientes.
No geral, existem diferentes recursos que podem ser utilizados para o alívio da dor crônica e o aprimoramento do tratamento. Integrar estratégias que promovem bem-estar mental com práticas que auxiliam nos cuidados com a saúde física é uma das melhores intervenções. Nesse contexto, a psicoeducação com aplicação na TCC tem um papel fundamental e pode ser cada vez mais estudada.
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