Psicologia e autismo: o papel do psicólogo no TEA (Transtorno do Espectro Autista)

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A relação entre psicologia e autismo é um tema importante. Afinal, o psicólogo tem um papel fundamental no acompanhamento de casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), em busca da promoção de bem-estar e saúde mental.

Seja com pacientes infantis, seja com adultos, a atuação de um psicólogo é essencial para dar suporte ao desenvolvimento social e à identificação das necessidades e dos desafios, além do estímulo à comunicação de um paciente com TEA.

Neste artigo, entenda como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar no acompanhamento de casos de Transtorno do Espectro Autista e saiba como uma especialização em psicologia pode contribuir para a atuação profissional!

O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta, principalmente, o comportamento social de um indivíduo. Características como desenvolvimento atípico, repetições, estereotipias e dificuldades na comunicação marcam os principais sinais dessa condição.

O TEA costuma ser diagnosticado logo no início da infância de um indivíduo, após os 3 anos, com sintomas como atraso da fala, tendência ao isolamento social e padrões de comportamentos estereotipados. Sinais como restrições de interesses, seletividade alimentar, hiperfoco e manifestações comportamentais também ajudam na identificação do transtorno.

Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, melhores são as intervenções de tratamento. Afinal, é possível acompanhar o quadro desde o início e oferecer o suporte necessário para que o indivíduo se desenvolva com bem-estar e todas as suas necessidades atendidas.

Além disso, por conta da neuroplasticidade, o diagnóstico na infância é fundamental para que o tratamento auxilie no desenvolvimento do comportamento social, da linguagem, do aprendizado e das intervenções comportamentais de forma duradoura.

Como deve ser a atuação do psicólogo no TEA?

Um psicólogo que atua nesse transtorno tem como principal objetivo cuidar da saúde mental de um paciente com TEA. Para isso, diversas abordagens da psicoterapia podem ser utilizadas para ajudar no dia a dia do indivíduo e da família, principalmente para lidar com os principais desafios da rotina.

A metodologia da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por exemplo, dá um enfoque maior aos pensamentos, comportamentos e sentimentos da pessoa, a fim de compreender suas origens e consequências. Desse modo, o psicólogo nessa área deve trabalhar para ajudar o indivíduo a entender melhor a forma como pensa, age e sente.

Com base nisso, é possível identificar os principais desconfortos e desenvolver técnicas de autorregulação emocional, reforço positivo e estratégias compensatórias. O estímulo à interação social e à adoção de comportamentos socialmente adequados também pode ser trabalhado em consultório, em uma relação equilibrada de paciente e psicólogo.

Sentimentos de ansiedade, rejeição, frustração, impulsividade e depressão também podem ser acompanhados pelo profissional, uma vez que há a chance de serem decorrentes das dificuldades sociais e de comunicação do paciente. Cartões, desenhos e brinquedos podem ser utilizados nas sessões para auxiliar na interação e na abertura do paciente à TCC.

No geral, a relação entre psicologia e autismo se dá na busca pela compreensão das necessidades da pessoa e de suas principais dores. Desse modo, é possível buscar estratégias de reforço positivo para gerar intervenções comportamentais que priorizam o bem-estar e a saúde mental do indivíduo. Portanto, para atingir esse objetivo, é fundamental que o profissional esteja sempre capacitado e atualizado para atender cada particularidade dos pacientes com TEA. 

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