Reabilitação cognitiva: saiba o que é e como fazer

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Ao longo da vida, quando uma pessoa passa para a fase idosa, algumas habilidades cognitivas podem perder a força, enquanto determinadas funções podem ser prejudicadas. Isso acontece tanto por conta do processo natural de envelhecimento quanto por lesões e doenças que acometem o cérebro.

Dentro desse contexto, a reabilitação cognitiva, conhecida também como reabilitação neuropsicológica, auxilia a exercitar determinadas funções, a fim de reduzir os danos ou a perda. Na prática, trata-se de recrutar novos neurônios, de forma não invasiva, a fim de criar uma rede neural para substituir aquela que se perdeu.

Neste post, entenda melhor como é feito esse processo e saiba mais detalhes da reabilitação cognitiva!

O que é a reabilitação cognitiva?

A reabilitação cognitiva é uma intervenção não invasiva e não farmacológica que é aplicada, principalmente, em pacientes idosos, com os seguintes objetivos:

  • amenizar as dificuldades cognitivas conforme o quadro de perda avança;
  • atrasar a progressão do declínio das funções cognitivas;
  • diminuir as mudanças comportamentais provocadas por doenças neurocognitivas;
  • promover qualidade de vida para o paciente.

A reabilitação cognitiva é uma técnica voltada para pessoas com doenças que levam a declínios funcionais, como o Alzheimer, outras demências e o Parkinson. Além da memória, esses transtornos podem afetar outras funções, como praxia, linguagem e atenção.

Como é feito o processo de reabilitação cognitiva?

Para entender como é feito o processo de reabilitação cognitiva, é importante ressaltar a capacidade de plasticidade neural que o Sistema Nervoso apresenta. Isso significa que o cérebro é bastante flexível quanto à organização dos neurônios.

Desse modo, por mais que haja uma perda neuronal em uma determinada área, é possível estimular a formação de novas redes neurais nessa região comprometida. Neurônios de outras partes do cérebro que não exercem tanta função podem ser recrutados para substituir aqueles que se degeneraram.

É importante levar em consideração que esses estímulos podem ser realizados também de forma não invasiva, como propõe a reabilitação cognitiva. Quando a perda ainda não é alta, é possível realizar atividades com os pacientes que exercitam as funções comprometidas, como testes padronizados de memória de trabalho e memória episódica.

Para isso, é fundamental contar com uma equipe multidisciplinar especializada nessa atividade. Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, neurologistas e profissionais da Neuropsicologia podem integrar o time para realizar as intervenções terapêuticas.

Quais são as etapas?

É importante saber que o processo de reabilitação cognitiva passa por diferentes etapas até serem iniciadas as atividades com o paciente. Esse é um cuidado para garantir o diagnóstico correto e a identificação do tratamento mais adequado.

Veja quais são as diferentes fases até que seja realizado o diagnóstico e desenvolvido o plano terapêutico com a reabilitação cognitiva!

Avaliação neurológica

Essa é a avaliação realizada por um neurologista, que busca avaliar os sintomas relatados pelo paciente ou por seus acompanhantes. Esse é o momento de formular as hipóteses sobre o quadro e realizar testes cognitivos para analisar os possíveis comprometimentos funcionais.

Investigação complementar

Em seguida, é preciso complementar as informações para que as hipóteses sejam comprovadas ou refutadas, a fim de gerar o diagnóstico correto. Exames de neuroimagem, laboratoriais e novos testes neuropsicológicos podem ser necessários nessa etapa.

Qual a importância da reabilitação cognitiva?

A partir do diagnóstico e do desenvolvimento do plano de reabilitação cognitiva, é possível restaurar o funcionamento de diversas habilidades. Isso oferece uma série de benefícios ao paciente, como:

  • recuperação da autoestima;
  • melhora da autonomia;
  • prevenção de problemas de saúde mental em idosos;
  • melhora da interação social;
  • envelhecimento saudável.

É por esse motivo que a reabilitação cognitiva é importante para pacientes com problemas de memória, diagnóstico de doenças neurodegenerativas, principalmente nos estágios iniciais, ou que sofreram alguma lesão encefálica.

Assim, é possível intervir de forma terapêutica, promover bem-estar e qualidade de vida, além de garantir um bom acompanhamento do quadro. Por isso, vale a pena recomendar a reabilitação cognitiva em diferentes casos.

Achou este post interessante? Então, confira também o que é neuroplasticidade e qual a sua relação com a psicoterapia!

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