Começar um processo terapêutico ainda é um desafio para muitas pessoas. Por mais que os preconceitos estejam diminuindo e a Psicologia venha conquistando cada vez mais reconhecimento social, é comum que os pacientes tenham vergonha de fazer terapia. Para alguns, isso continua ligado ao estigma da loucura.
Uma das formas mais efetivas para superar esse problema é investir em uma boa relação terapeuta-paciente. Quando há confiança, a pessoa atendida se sente à vontade e tem uma experiência positiva na clínica. Mas como conseguir isso? Essa tarefa costuma ser desafiadora, principalmente para psicólogos recém-formados.
Quer entender melhor como construir um relacionamento mais próximo com seu paciente? Veja as nossas dicas e potencialize a sua relação terapêutica!
Acolha bem
Os primeiros encontros são fundamentais para basear a interação entre você e seus pacientes. Geralmente, as pessoas chegam à terapia com muitas expectativas. Também é comum que elas apresentem comportamentos de resistência, medo e até frustração por estarem se submetendo ao tratamento psicológico.
Compreender todos esses aspectos e acolher os sentimentos do paciente é o primeiro passo para iniciar uma relação de confiança com ele. Uma boa prática, por exemplo, é mostrar o quanto a insegurança é normal nesse momento e explicar que, com o passar do tempo, o envolvimento fica mais natural e fácil.
É muito importante que nem o psicólogo nem o paciente se cobrem um imediatismo nessa relação. Estar em terapia é um grande movimento de entrega. Assim, respeitar o tempo para a construção da confiança é essencial. Nos primeiros encontros, acolha a pessoa, procure deixá-la bastante à vontade e tente diminuir a pressão que ela esteja sentindo.
Deixe claro o papel da terapia
Em geral, a primeira sessão com o psicólogo é utilizada para fazer o contrato terapêutico. Ou seja, nela, o profissional conhece as motivações da pessoa para terapia e dá as informações básicas sobre o processo. São tratados, por exemplo, o preço das consultas, o horário de início e a duração dos encontros.
Além dessas orientações práticas, é o momento também de o psicólogo passar segurança para a pessoa. Explique que a clínica é um espaço individualizado em que ela pode se sentir livre para falar do que quiser. Deixe claro também que o seu papel nunca será o de julgar as atitudes ou falas da pessoa.
Mesmo com todo o avanço que a ciência psicológica tem tido na nossa sociedade, alguns pacientes continuam se sentindo constrangidos em conversar sobre determinados assuntos. Assim, é importante que o terapeuta pontue isso e tenha uma postura empática, para que a pessoa não sinta receio em relação ao que diz.
Também é importante esclarecer para o paciente que não é função do psicólogo trazer verdades absolutas sobre a vida dele ou determinar o que ele deve fazer. Essa fala ajuda a diminuir a ansiedade da pessoa e gera expectativas mais reais acerca da relação terapeuta-paciente.
Saiba ouvir
Essa é uma habilidade imprescindível para todo psicólogo, principalmente os que desejam atuar na área clínica. Para que o paciente confie em você, ele precisa sentir que está sendo escutado com atenção e interesse genuínos. Não é incomum que as pessoas tenham a sensação de que o que dizem é desinteressante.
Esse é um dos motivos mais relatados para justificar a saída da terapia. É claro que, muitas vezes, essa não é uma realidade factual, mas apenas uma impressão gerada pelo desconforto de começar uma terapia. Afinal, não é nada fácil abrir a sua vida para um profissional.
Para deixar a pessoa mais confortável e segura, atente para a sua postura durante a sessão. Demonstre concentração no que ela fala e dê feedbacks para apoiar seu discurso. Mas tenha muito cuidado para não cair no outro extremo, igualmente desconfortável: não é agradável ser constantemente interrompido por perguntas ou comentários.
A escuta clínica é uma competência extremamente delicada. O terapeuta precisa aprender a lidar com a própria ansiedade de mostrar resultados ou fazer pontuações. Garanta sempre o espaço de fala do paciente, dando importância ao que ele diz e demonstrando entrega no encontro. Assim, ele se sente valorizado e se envolve com mais facilidade.
Respeite as necessidades do paciente
Os psicólogos sabem que nenhuma pessoa é igual à outra. Na relação terapeuta-paciente essa ideia é ainda mais relevante. Cada paciente vai chegar à clínica com expectativas e necessidades diferentes. Alguns estarão abertos desde o começo, enquanto outros precisarão de mais tempo para adquirir confiança, por exemplo.
De modo semelhante, algumas pessoas necessitam de mais escuta, enquanto outras se sentem mais seguras com intervenções frequentes do terapeuta. O desafio do psicólogo é perceber essas nuances nas primeiras sessões e responder a elas da melhor forma.
Se você compreende que um paciente demanda falas mais direcionadas e maiores explicações sobre a terapia, por exemplo, responda efetivamente a essa necessidade. Algumas pessoas podem se mostrar reticentes diante das suas intervenções. Se isso acontecer, não se sinta ofendido. Responda às suas possíveis dúvidas e procure deixá-las à vontade.
Mostre sinceridade
Alguns terapeutas não sabem o que fazer quando o paciente faz questionamentos relacionados à terapia ou mesmo à sua vida pessoal. Para aumentar a confiança na relação terapeuta-paciente, o ideal é lidar com naturalidade. Você não precisa se sentir intimidado por perguntas pessoais, mas também não há necessidade de responder de forma detalhada.
Comente o que foi solicitado e continue a interação naturalmente. Se você perceber que o assunto da pergunta tem relevância na terapia, pode ser útil retorná-la ao paciente — questionando, por exemplo: “Por que você considera importante saber se eu sigo alguma religião”?
Quando a pessoa expressar alguma curiosidade em relação à terapia, forneça as informações necessárias. Caso ela demonstre querer saber mais de uma determinada técnica, por exemplo, você pode fazer uma explicação rápida e didática sobre a intervenção que utilizou. Sentir que as ações do psicólogo não são misteriosas aumenta a confiança e a adesão ao tratamento.
A relação terapeuta-paciente é uma das tarefas mais difíceis para os psicólogos pouco experientes. Inclusive, é possível que o paciente se sinta mais inseguro diante de profissionais recém-formados. Por isso, seguir as nossas dicas ajuda você a estar mais preparado para esse desafio.
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Conteúdo excelente.
Excelente!
Muito bom!
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#TCC
sempre surpreendendo nas publicações !
Post muito útil para auxiliar ainda mais a prática profissional.
Excelentes dicas! Parabéns!
Muito bom , conteúdo ótimo !!!
Ótimo, adorei o conteúdo.
Super útil para prática clínica. COGNITIVO é 10!!!
Muito bacana o conteúdo abordado !! showww
Perfeito!
Muito Bom
Ótima publicação!
Uma relação terapêutica positiva torna as intervenções mais eficazes. Muito importante se dedicar a esse processo!!
muito esclarecedor para os psicólogos iniciantes
muito bom, ajudou bastante
Parabéns pelo site. Os artigos de vocês tem me ajudado muito como profissional. Atendo aqui em Planaltina Goiás e gosto de ler sobre tudo da minha atividade. Deixo meu site para se voce tambem quizer dar uma olhadinha … http://www.123encontrei.com.br/psicologa-em-planaltina-goias/
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perfeito, acrescentou muito pra mim, muito bem explicadado.
OláCleide!
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