Vivemos na era da internet, o que traz grandes possibilidades e benefícios para a humanidade, como o rápido acesso à informação. Por outro lado, a imersão no mundo digital pode ocasionar efeitos negativos que levam a uma preocupação maior com a saúde mental da geração Alpha.
Esse é o termo que abrange os nascidos a partir de 2010, ou seja, as crianças e pré-adolescentes de hoje. E, como a grande característica dessa geração é estar conectada desde o nascimento, é importante colaborar para evitar problemas de saúde mental decorrentes disso.
Continue a leitura para entender melhor sobre o assunto!
Afinal, o que é a geração Alpha?
Você já deve ter ouvido falar sobre geração X, Y e Z, certo? As pessoas de uma geração nasceram e cresceram em um mesmo contexto histórico e social e, portanto, têm muitas características em comum.
A geração Alpha é o mais novo recorte e engloba os nascidos a partir de 2010. Seu traço mais marcante é pertencerem a um mundo tecnológico e conectado desde seus primeiros momentos de vida. Por isso, são chamados também de “nativos digitais”.
Em decorrência disso, há mais estímulos e acesso à informação, o que contribui para uma maior curiosidade, senso crítico e flexibilidade das crianças. Por outro lado, as múltiplas telas podem trazer impactos negativos relacionados à saúde mental na infância.
Quais são os problemas de saúde mental mais comuns?
A rapidez e o volume de estímulos recebidos no ambiente digital levam os pequenos a desenvolverem uma baixa tolerância à frustração, maior irritabilidade, falta de paciência e até mesmo à dificuldade de conexão social e familiar. Essa hiperestimulação também se relaciona à maior tendência de desenvolvimento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
Ainda, sobretudo nas redes sociais, há uma supervalorização da beleza estética e excesso de comparações, o que pode gerar baixa autoestima e facilitar o surgimento de problemas como a depressão.
Como colaborar com a saúde mental da geração Alpha?
É importante que a família seja orientada a ter cuidados para que o desenvolvimento cognitivo e emocional dos pequenos seja saudável, ajudando a preservar a saúde mental infantil. O primeiro passo é priorizar o equilíbrio entre o virtual e o real.
As crianças de hoje têm muita facilidade de acesso às telas. Assim, monitorar o tempo de exposição e os conteúdos consumidos é fundamental, de modo a evitar a hiperestimulação e até mesmo o contato com materiais, jogos e informações inadequadas para a idade.
Outro ponto de atenção é o fortalecimento de vínculos. Sobretudo na primeira infância, os pequenos precisam muito do contato humano para desenvolverem bem suas habilidades socioemocionais e, consequentemente, sua capacidade de ter vínculos afetivos saudáveis.
Então, é muito importante que distrações digitais não sejam usadas para ocupar o tempo da criança de forma irrestrita. A família precisa ter momentos de qualidade em que possam apenas conversar, brincar ou passear.
Por fim, como a geração Alpha tem muito acesso à informação desde cedo, trata-se de um grupo de crianças e pré-adolescentes mais autônomos em suas opiniões e dúvidas. Assim, tanto psicólogos quanto familiares e até mesmo educadores precisam ter uma postura mais flexível, prezando sempre a comunicação não violenta.
Como você viu, os pequenos de hoje têm características como a curiosidade, a maior flexibilidade frente ao diferente — o que os tornam mais inclusivos e solidários — e um grande senso crítico. Por outro lado, existem possíveis impactos negativos em uma infância 100% conectada, o que leva a saúde mental da geração Alpha a ser objeto de atenção.
Aproveite que está aqui e entenda o que é a regulação emocional e qual é o papel da psicoterapia para seu desenvolvimento!