O transtorno de ansiedade social atinge de maneira bastante significativa uma parcela da população mundial, interferindo diretamente na qualidade de vida daqueles que não buscam o tratamento correto. Tal transtorno é conhecido por apresentar um quadro no qual o paciente apresenta dificuldades na hora de interagir com outras pessoas.
Aqueles que sofrem com o transtorno de ansiedade social têm muito medo do julgamento de outras pessoas, por isso, buscam evitar situações nas quais possam passar por algum tipo de constrangimento.
Vamos entender melhor o que é o transtorno de ansiedade social e como fazer o diagnóstico? Continue a leitura.
Conhecendo o transtorno de ansiedade social
O transtorno de ansiedade social, também conhecido como fobia social, tem sua origem no forte medo de ser julgado ou rejeitado durante situações sociais ou mesmo em um período de avaliação de desempenho. Como dito, pessoas que sofrem com essa disfunção têm um excesso de preocupação na maneira de agir em público.
O diretor do Instituto Cognitivo, Maurício Piccoloto, reforça que “esse é um transtorno reconhecido pelos manuais diagnósticos, cuja característica principal é um medo irracional, constante e desproporcional relacionado ao desempenho em situações sociais, podendo levar à esquiva e, em casos, mais graves, ao isolamento social”.
Deve-se salientar, ainda, que tal disfunção tem diferentes níveis de gravidade, a depender do tipo e do número de situações sociais que possam provocar esse medo. Mas lembramos que sempre causa um sofrimento e prejuízo funcional significativo à pessoa portadora do transtorno.
Desencadeadores do transtorno de ansiedade social
Na hora de fazer o diagnóstico do transtorno de ansiedade social, é preciso levar em consideração também o componente genético, que pode tornar um indivíduo mais suscetível a desenvolvê-lo. Mas, além do componente genético, é preciso considerar ainda as situações sociais que podem condicionar o desenvolvimento do distúrbio na pessoa.
Existem casos em que o portador do transtorno vivencia situações na infância e adolescência em que se sentiu diminuído, excluído, desqualificado e até mesmo humilhado. Essas situações podem ser desencadeadoras da fobia social.
Principais sintomas do transtorno de ansiedade social
Para entendermos melhor o transtorno de ansiedade social, é necessário compreender que existe uma série de sintomas que causam esse medo irracional e desproporcional. Além disso, eles podem surgir antes ou durante a exposição a situações sociais.
Piccoloto reforça que “esse medo é acompanhado de intensas reações fisiológicas desagradáveis que também contribuem para um pior desempenho social.” Alguns desses sintomas são:
- ritmo cardíaco acelerado;
- náusea;
- sudorese excessiva.
Todos esses sintomas fazem com que a pessoa tenha um significativo sofrimento associado a esse medo, bem como um prejuízo na sua vida social, ocupacional, acadêmica e, principalmente, em suas relações.
É importante lembrar que timidez não é um transtorno mental. O diretor do Instituto Cognitivo fala que “na timidez a pessoa consegue participar das situações sociais, ainda que com um certo nível de desconforto e com um desempenho abaixo do que gostaria. Já na ansiedade social, o nível de sofrimento, prejuízo funcional e esquiva de situações é maior”.
Por outro lado, na depressão, a pessoa perde interesse nas atividades sociais, mas os motivos são diferentes da ansiedade social. Muitos transtornos mentais levam a um isolamento social pelas mais diversas razões, por isso esse comportamento não indica necessariamente a presença do transtorno de ansiedade social.
Como diagnosticar o transtorno de ansiedade social
Para realizar o diagnóstico da fobia social, é preciso que o psicoterapeuta tenha acesso aos aspectos cognitivos e emocionais do paciente para perceber se os comportamentos de esquiva social resultam do transtorno de ansiedade social ou de outro transtorno mental para o qual o tratamento é totalmente diferente.
Um profissional preparado será capaz de identificar a disfunção e perceber se há a coexistência de ansiedade social e depressão no mesmo paciente. Afinal, é comum tais pacientes possuírem o mesmo problema.
O diagnóstico diferencial é feito pela avaliação clínica dos sinais e sintomas por um profissional de saúde mental qualificado. Não existem exames laboratoriais ou de neuroimagem de uso clínico que façam essa diferenciação. Por isso, é fundamental que ocorram entrevistas com o paciente e, muitas vezes, com familiares, conduzidas por um profissional devidamente capacitado.
Maurício Piccoloto nos diz que é necessário possuir um “conhecimento adequado de psicopatologia e dos modelos cognitivos e comportamentais, além do tempo necessário para a realização das entrevistas de avaliação”.
É nessa fase de entrevistas que o profissional vai reunir o maior número de informações possível, pois, quanto mais informações forem obtidas, maior a chance de ter o diagnóstico correto para nortear o tratamento. Existem instrumentos de avaliação que são complementares, porém, não são definitivos para o diagnóstico, podendo ser associados às entrevistas.
Como é o tratamento para o transtorno de ansiedade social
O principal tratamento para a fobia social é a psicoterapia, que por meio de técnicas cognitivas e comportamentais auxiliam gradativamente na redução da ansiedade do paciente nessas situações, além de proporcionar habilidades nas relações interpessoais que favoreçam a autoconfiança e, por conseguinte, um ganho de autoestima.
Também existem técnicas para reduzir as reações fisiológicas apresentadas durante os processos de exposição a situações sociais. Há casos em que o paciente é encaminhado ao psiquiatra para avaliar a necessidade de uso de medicação como fator adicional ao tratamento psicoterápico.
Portanto, é preciso trabalhar em conjunto para conseguir obter melhores resultados no tratamento, associando a psicoterapia e a medicação durante um período de tempo. É muito importante que exista o diálogo entre os profissionais nessa abordagem multidisciplinar para o maior benefício do paciente.
Como se capacitar para tratar o transtorno de ansiedade social
Um bom profissional sabe que é fundamental ter o conhecimento teórico e prático para que consiga fornecer ao seu paciente o diagnóstico e o tratamento mais adequado. Afinal, existem muitos transtornos, ou até mesmo condições que não são transtornos mentais, mas que apresentam características semelhantes à ansiedade social.
Uma avaliação equivocada comprometerá todas as condutas seguintes e, certamente, não só os resultados terapêuticos não ocorrerão, como também haverá um potencial sofrimento maior do paciente.
Para se tornar um profissional capacitado, o Instituto Cognitivo possui mais de 20 anos de experiência na área da saúde e educação, oferecendo os melhores cursos reconhecidos pelo MEC. Além de ter o corpo docente com experiência prática, 95% dos colaboradores são mestres e doutores na área.
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