O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) faz parte dos transtornos de ansiedade, sendo caracterizado por obsessões, compulsões ou ambas. São pensamentos intrusivos e comportamentos repetitivos que prejudicam a vida do paciente, podendo tomar muito tempo de sua rotina.
Os pensamentos obsessivos são involuntários, invadem a mente do indivíduo e, normalmente, estão relacionados a imagens indesejáveis, medos irracionais ou crenças de que algo ruim possa acontecer. Tais obsessões geram ansiedade acentuada, que pode levar às compulsões.
Os comportamentos compulsivos podem envolver atos físicos ou rituais mentais, com a ânsia de afastar ameaças, aliviar desconfortos ou evitar tragédias pensadas.
Essa condição é bastante complexa, mas não afeta somente adultos. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância e na adolescência pode trazer sérios impactos ao desenvolvimento de crianças e jovens. Sendo assim, é importante contar com profissionais que tenham conhecimento para ajudar esse público com as estratégias certas.
Confira, agora, como diagnosticar e tratar o TOC na infância!
Como identificar o Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância?
O TOC pode trazer prejuízos importantes para a vida da criança, que ainda está em desenvolvimento socioemocional e escolar. Atividades comuns do dia a dia, como brincar, fazer tarefas da escola etc., por mais simples que pareçam, podem ser impactadas por esse transtorno.
Assim, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância pode interferir no rendimento escolar, nas relações sociais e no convívio com a família. Contudo, o problema pode ser diagnosticado tardiamente, uma vez que os sinais do transtorno acabam sendo confundidos com comportamentos comuns do desenvolvimento infantil, como eventuais medos, rituais e repetições.
Com frequência, o TOC na infância está associado a outros transtornos, como a síndrome de Tourette, tiques, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão e transtorno desafiador de oposição (TDO). Portanto, é uma condição de difícil manejo, tanto quanto ou até mais que outros problemas de ansiedade na infância.
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância é mais comum em meninos e pode ou não estar relacionado à herança genética. Eles podem ter obsessões de conteúdo agressivo, medo irracional de separação, preocupação excessiva em causar ferimentos, entre outros. Quanto às compulsões, podem envolver alinhamento e simetria, repetições, acumulação compulsiva e tiques.
Os comportamentos compulsivos podem ser observados pelos familiares. Já os pensamentos obsessivos, como normalmente ocorrem em silêncio, não são facilmente identificados, a menos que a criança fale sobre eles.
Como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ajudar?
A TCC alcança bons resultados no tratamento para o TOC. São empregadas técnicas que auxiliam o trabalho do psicólogo e orientam o paciente a lidar melhor com suas obsessões e compulsões.
Em sessão, terapeuta e paciente realizam juntos exercícios que ajudam no alívio dos sintomas do TOC e modelam os pensamentos e comportamentos do paciente. Dependendo da idade da criança, são utilizados jogos e histórias lúdicas para dar exemplos de como enfrentar as obsessões e controlar as compulsões.
Assim, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância, mesmo que seja uma condição bastante complexa, pode ter melhoras efetivas com a TCC, visto que essa abordagem oferece embasamento teórico e técnico para reformular o repertório mental e comportamental do paciente.
Entre em contato com o Instituto Cognitivo e conheça nossos cursos de formação e especialização para psicólogos!