Terapia do esquema: tudo que você precisa saber sobre o assunto

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Amplamente conhecida como uma abordagem estruturada, sistemática e integrativa, a terapia do esquema (TE) teve início como uma espécie de extensão da terapia cognitiva voltada ao tratamento de distúrbios de personalidade. Contudo, desde então, começou a desenvolver uma identidade própria, ainda que empregando métodos e conceitos provenientes de outras escolas.

Em suma, a TE — que foi desenvolvida pelo psicólogo americano Jeffrey Young — tem como objetos do seu estudo os esquemas desadaptativos que surgem na fase da infância, mas que marcam intensamente as emoções, desencadeando condutas autodestrutivas e/ou disfuncionais já na vida adulta. Nesse contexto, por “esquemas”, podemos entender os padrões de sentimentos, de ações e de percepções de um indivíduo frente às situações da vida.

Neste post, o nosso objetivo é ajudar você, profissional da saúde mental, a entender como é possível aplicar a terapia do esquema, em quais casos vale a pena recorrer ao método e, principalmente, qual a importância de uma formação específica. Continue a leitura!

Como aplicar a terapia do esquema?

Normalmente, a terapia do esquema é utilizada durante o tratamento psicoterapêutico individual, embora possa gerar resultados positivos quando aplicada a grupos — entretanto, isso exigirá mais habilidades por parte do profissional.

Além disso, a TE, que pode tanto ter as suas técnicas introduzidas em um momento específico de tratamentos conduzidos por meio de outras abordagens quanto ser empregada como mote central, é também associável ao tratamento psiquiátrico.

Nesse último caso, porém, é altamente recomendável que o paciente não esteja apresentando limitações cognitivas e/ou sinais psicóticos.

As duas fases do tratamento

O tratamento conduzido por meio da terapia do esquema, via de regra, organiza-se em duas fases diferentes: a primeira envolve a análise do caso e a segunda abrange, de fato, a mudança dos esquemas. Assim, inicialmente, dá-se a formação de um vínculo terapêutico, que é indispensável para o comprometimento do paciente com o processo clínico.

Nessa primeira etapa, a base reside, primordialmente, na terapia do apego, com a compreensão de que um dos papéis mais relevantes do psicólogo é oferecer o acolhimento, a segurança e a afetividade que não estiveram presentes na infância do indivíduo em tratamento. A partir disso, o profissional explica o formato das sessões e ajuda o paciente a reconhecer os seus esquemas disfuncionais.

Assim, à medida que acontece esse reconhecimento, as suas origens começam a ser investigadas e as estratégias que o indivíduo utiliza — mesmo que de forma inconsciente — para lidar com os esquemas são estudadas.

Já na segunda etapa, que se trata da modificação dos esquemas, o propósito é revisitá-los e viabilizar a sua ressignificação a partir de modelos de relação mais saudáveis. Nesse caso, diversas estratégias clínicas podem ser colocadas em prática, como:

  • criação de imagens mentais e condução de relatos;
  • identificação de distorções cognitivas;
  • representação de papéis;
  • registro de pensamentos automáticos etc.

Em quais casos é possível utilizar a terapia do esquema?

Atualmente, já é cientificamente comprovado o quão eficaz a terapia do esquema é, por exemplo, no tratamento do transtorno de personalidade borderline. Além disso, estudos vêm sendo conduzidos no sentido de avaliar os seus efeitos em casos dos transtornos antissocial de personalidade e narcisista.

Indo além, no entanto, a sua aplicação também tem sido observada no tratamento de outras condições caracterológicas e crônicas, como transtornos alimentares e de consumo de substâncias.

Em geral, vale a pena pontuar que a TE tem sido muito bem recebida pelos pacientes e, como dito, além de poder se aplicada em grupos, pode funcionar bem quando utilizada em ações de prevenção voltadas a adolescentes e crianças.

O seu tempo de duração, geralmente, é de dois a três anos — trata-se, então, de uma terapia de média a longa duração.

Qual é a importância de se especializar nessa abordagem psicoterapêutica?

A terapia do esquema faz uso de inúmeras bases da Psicologia, o que, consequentemente, exige que o profissional tenha um conhecimento aprofundado — e bem fundamentado — para conduzi-la da maneira correta. Por essa razão, especializar-se na área é um passo essencial para quem deseja alcançar resultados positivos ao longo do tratamento e, inclusive, tornar-se uma autoridade no campo de atuação.

Além disso, é essencial ressaltar que, mesmo que você não tenha a intenção de ter um consultório próprio, diante da facilidade de acessibilidade ao Ensino Superior, as empresas contratantes se tornaram mais exigentes, filtrando rigorosamente os candidatos às vagas divulgadas. Logo, os psicólogos que apresentam cursos de especialização são vistos como profissionais mais aptos a oferecer um trabalho mais qualificado, ou seja, tendem a alcançar uma melhor posição no mercado de trabalho.

Inclusive, é fundamental ter também em mente que um curso voltado à TE não vai somente conferir mais um título ao seu currículo, mas também garantirá uma boa bagagem para o desenvolvimento das suas habilidades profissionais e técnicas, lapidando a prática por meio do domínio de uma base teórica bem consolidada.

No entanto, é indispensável ter em mente que isso tudo apenas é realmente possível a partir da escolha de uma instituição de ensino confiável. Nesse contexto, o Cognitivo se destaca como uma instituição especializada em cursos de pós-graduação/especialização, com um corpo docente que é composto por mestres, professores e doutores de ampla atuação e oriundos de diferentes estados do país, vinculados a inúmeras instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior.

Além disso, o Cognitivo é uma instituição de referência tanto pelo pioneirismo quanto pela qualidade dos cursos oferecidos. O seu curso de Especialização em Terapia do Esquema tem como propósito fornecer um embasamento teórico completo da terapia do esquema e das suas abordagens principais, promovendo a conceitualização e a utilização de inventários diagnósticos, capacitando os seus alunos a aplicar os princípios da abordagem no atendimento a pacientes.

Portanto, com a terapia do esquema se revelando cada vez mais eficaz no tratamento de variados quadros clínicos, mostra-se fundamental buscar uma especialização na abordagem que o torne apto, como profissional, a conduzir um tratamento centrado na melhora da qualidade de vida do paciente. Para tanto, uma instituição de ensino de qualidade faz toda a diferença, e o Cognitivo se revela uma excelente alternativa.

Aproveitando o gancho, que tal conferir também o nosso post sobre como e por que aplicar a teoria do esquema?

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2 comentários em “Terapia do esquema: tudo que você precisa saber sobre o assunto

  1. Estou com dificuldade de encontrar terapeutas de TE.
    Vcs teriam algum banco de profissionais para indicação?
    Muito obrigada!

    1. Olá Ana,
      Obrigada por entrar em contato conosco para pedir indicações de Psicólogos de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

      Entendemos que encontrar o psicólogo certo é uma decisão importante e queremos ajudá-la a tomar a melhor escolha possível. O COGNITIVO forma mais de mil profissionais por ano, excelentes profisionais altamente qualificados, capacitados para atender com muita segurança e eficácia.
      Não podemos indicar terapeutas específicos para evitar qualquer aparência de favoritismo ou conflito de interesses.

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